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sexta-feira, dezembro 01, 2006 

Quando teremos paz?

Diz o ditado que “quando a esmola é grande, o pobre desconfia…” Nada mais certo.
À calma que se nos afigurava como o resultado finalmente interiorizado das muitas tentativas de “dame”,“domi” (paz e amor) sobreveio esta tarde mais uma prova da loucura que grassa no país.
A população jovem do lado de cima -
situado mais próximo das colinas - do suco de Malinamoc preparava-se para receber outro grupo rival e com ele estabelecer a paz. Mas, dois grupos rivais de artes marciais estranhos ao bairro estragaram a festa e, em vez da paz, a rua e o campo de jogos situado mesmo ao lado da Igreja de D. Bosco, encheu-se de populares, de gente curiosa, e de polícias armados e bem preparados para o que desse e viesse. Conseguiram acalmar as hostes e acabar com as cenas de pancadaria. Festa é que já não houve.
Surpreendida pelos acontecimentos e, embora estivesse a uns 150 metros da minha casa, fui aconselhada pelas forças internacionais de segurança a fazer marcha-atrás e a escolher outro caminho.
Foi justamente na esquina que um morador
do bairro me pôs ao corrente do sucedido. Incomodado, acrescentou que nem percebia o motivo da rixa. E aproveitou para me aconselhar a vir depressa para casa, não fosse reacender-se a confusão…
Pois é, pensei eu, o Sr., Carlos tinha razão: o diabo estava mesmo à espreita e não perdeu tempo!
E, pelo ruído dos helicópteros, deve continuar à solta!

Angela Carrascalão

Estive em Timor em 1959/1961. Conheci o velho Carrascalão, fazendeiro e membro do conselho do Governo.
Qual o seu parentesco com ele?

Pode rseponder directamente para
Rui Cabral Telo
ruicabral.telo@gmail.com
Obrigado

Rui Telo,

O velho Carrascalão que o senhor conheceu era o meu pai.
Um abraço,

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