Pesadelo
Não, a situação não está nada fácil. Nem se vislumbra saída para a crise. Melhor, para o conjunto das crises.
Ainda por resolver estava (e está) a questão dos 591 ex-militares que redundou na manifestação de 28 de Abril com consequências dramáticas nos fins de Maio - quando os incidentes tomaram maior dimensão, daí resultando a intervenção das forças internacionais - e logo surgiu o problema dos esquadrões da morte e da distribuição de armas, seguindo-se-lhe a demissão do então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri substituído por Ramos Horta.
Duvido que alguém tenha dado pelo estado de graça ou pelo beneficio da dúvida que normalmente acompanha quem ascende a determinado cargo. Os dias de Governo do Primeiro-Ministro Ramos Horta foram ininterruptamente marcados por incidentes nos campos de refugiados, por incêndios de casas, por apedrejamentos ou por provocações que tiveram início em Abril/Maio e passaram a fazer parte do quotidiano dos timorenses. Tanto assim é que um dia sem incidentes é notícia!
Pelo meio e desde então, persistem os boatos, as histórias, os diz-que-diz, as fugas, as prisões…
E sempre, todos os dias, surgem novos motivos para o avolumar das tensões; somam-se os motivos para a eclosão de conflitos sempre com novos contornos, sempre a coberto de razões contrárias…
Em paralelo, sucedem-se as declarações inflamadas de personalidades com responsabilidade no país que funcionam, está bem de ver, como mais uma acha para a fogueira. Atiram-se culpas, esgrimem-se argumentos… avoluma-se a crise, piora a situação!
Se é certo que a culpa morre sempre solteira - ou talvez mesmo por causa disso – não é menos certo que se deve exigir às personalidades com responsabilidades nos mais variados campos de actuação no país e cujas declarações são tidas em conta pelo povo, maior contenção e cuidado nos seus discursos. Para que não nos consumamos todos na fogueira. É que, depois, poderá não sobrar ninguém para contar. Nem sequer para apontar o dedo a este ou aquele como tendo atirado mais achas, atiçando e ateando com mais ou menos proveito a fogueira da nossa incontida mas bem alimentada leviandade. E mesmo que sobre alguém, tão reduzida se tornará a sua dimensão real que o que lhe faltará em capacidade de intervenção sobrar-lhe-á em certeza de apática representatividade num qualquer novo campo em que poderá tornar-se este país, sabe-se lá se com a nova denominação de sub-povoado de humanos exóticos em vias de extinção.
Haverá timorense que pretenda isto para o seu país? Não acredito!
Ainda por resolver estava (e está) a questão dos 591 ex-militares que redundou na manifestação de 28 de Abril com consequências dramáticas nos fins de Maio - quando os incidentes tomaram maior dimensão, daí resultando a intervenção das forças internacionais - e logo surgiu o problema dos esquadrões da morte e da distribuição de armas, seguindo-se-lhe a demissão do então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri substituído por Ramos Horta.
Duvido que alguém tenha dado pelo estado de graça ou pelo beneficio da dúvida que normalmente acompanha quem ascende a determinado cargo. Os dias de Governo do Primeiro-Ministro Ramos Horta foram ininterruptamente marcados por incidentes nos campos de refugiados, por incêndios de casas, por apedrejamentos ou por provocações que tiveram início em Abril/Maio e passaram a fazer parte do quotidiano dos timorenses. Tanto assim é que um dia sem incidentes é notícia!
Pelo meio e desde então, persistem os boatos, as histórias, os diz-que-diz, as fugas, as prisões…
E sempre, todos os dias, surgem novos motivos para o avolumar das tensões; somam-se os motivos para a eclosão de conflitos sempre com novos contornos, sempre a coberto de razões contrárias…
Em paralelo, sucedem-se as declarações inflamadas de personalidades com responsabilidade no país que funcionam, está bem de ver, como mais uma acha para a fogueira. Atiram-se culpas, esgrimem-se argumentos… avoluma-se a crise, piora a situação!
Se é certo que a culpa morre sempre solteira - ou talvez mesmo por causa disso – não é menos certo que se deve exigir às personalidades com responsabilidades nos mais variados campos de actuação no país e cujas declarações são tidas em conta pelo povo, maior contenção e cuidado nos seus discursos. Para que não nos consumamos todos na fogueira. É que, depois, poderá não sobrar ninguém para contar. Nem sequer para apontar o dedo a este ou aquele como tendo atirado mais achas, atiçando e ateando com mais ou menos proveito a fogueira da nossa incontida mas bem alimentada leviandade. E mesmo que sobre alguém, tão reduzida se tornará a sua dimensão real que o que lhe faltará em capacidade de intervenção sobrar-lhe-á em certeza de apática representatividade num qualquer novo campo em que poderá tornar-se este país, sabe-se lá se com a nova denominação de sub-povoado de humanos exóticos em vias de extinção.
Haverá timorense que pretenda isto para o seu país? Não acredito!
Motivos para preocupar quem vive pensando também em Timor que tem sofrido e sofre demais!
E que pensar/dizer do:
"Claim that Gusmao ordered Dili's days of rage"
Tal notícia pode ler-se aqui:
http://www.theage.com.au/news/national/claim-that-gusmao-ordered-dilis-days-of-rage/2006/09/15/1157827163239.html
O alegado envolvimento do Presidente Xanana Gusmão no derrube do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri noticiado pelo credível jornal australiano “The Age”, que cita declarações de um responsável da polícia timorense, actualmente detido numa prisão timorense a confirma-se deveria conduzir Xanana à cadeia, a título perpétuo...
Posted by Jomal 2:04 da tarde
Gostaria que não se escrevesse Campo de "Refugiados", mas sim de DESLOCADOS. Na terra-pátria todos são timorenses e apenas se deslocaram das suas casas ou das suas terras para outro lado dentro da mesma área global do país. Refugiados é a referência dada a cidadãos que se refugiam em outro país diferente do seu.
Posted by joãoeduardoseverino 6:35 da tarde