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quarta-feira, setembro 13, 2006 

Outra vez, sem Internet!

E pronto, o que eu receava, aconteceu de novo! Desde ontem de manhã que não tenho telefone. Fiquei sem linha fixa, logo, sem acesso à Internet! Tenho a vaga - apenas vaga - esperança de que não tenha havido mais um desvio de fios!
Li num dos diários um aviso da Timor Telecom dizendo que a empresa tivera já um prejuízo da ordem dos 20 000 dólares como consequência dos roubos de fios em Díli e Baucau, pelo que a empresa de telecomunicações entende não poder responsabilizar-se pela colocação de novos fios roubados para depois serem vendidos, presumo eu, no mercado negro. Tudo fruto da instabilidade e do estado de desordem social que reina no país desde Abril-Maio de 2006.
Não será só fruto da instabilidade e da desordem, bem sei. Recordo que ainda há umas duas semanas li em nota de rodapé do telejornal da RTP que também acontecera o mesmo, se não estou em erro, em Penafiel. Mas isso serve tão só de triste consolo!
Sendo que as telecomunicações não são um luxo e fazem efectivamente falta na vida das populações, espero que os amigos do alheio não se lembrem de surripiar todos os fios telefónicos das cidades de Díli e Baucau! É que se isso acontecer e, de acordo com o aviso da TT, o mais certo é ficarmos completamente isolados do Mundo. Existem os telemóveis, dirão. Pois…
Olhando apenas para o umbigo dos que, tal como eu, são viciados em informação, mesmo soando a exagero, deixem-me que desabafe: vamos sentir-nos cegos, surdos, mudos!
Agora que já dei letra ao desabafo, numa manifestação própria do sangue quente que me ficou por herança ocidental, latina, do meu pai, português do Algarve, não me sobra outra solução senão recorrer à lembrança do carácter mais tranquilo da minha mãe, oriental timorense de Venilale. É com base nisso que assento os pés na terra e concluo que, havendo coisas piores na vida, há que aceitar os condicionalismos de um país em construção, mesmo sabendo que, por estes tempos, a construção está parada, esquecida tomando dela o lugar, a destruição. Mas há que manter a calma… É preciso relativizar e saber esperar!