E o resultado está à vista!
À chegada de Bali, uma coluna de fumo bem negro acorda-me para a realidade. Ardia o segundo grupo de três casas. Como balanço, dizem uns que foram oito, outros apontam para dez e outros ainda asseguram que foram 12 os incêndios dessa manhã.
A violência continua. Todos dizem que querem paz, que estão cansados de insegurança mas, a verdade é que a continuação da violência vem provar que, afinal, não é bem assim. Andamos todos enganados. Ninguém sabe porquê mas desconfia-se que alguém comanda os executores de tanto vandalismo embora também ninguém compreenda o que se pretende com esta devastação que não pára e já se alastrou ao interior.
A fazer fé no que se ouve mas não foi noticiado, assim foi o caso de Garawai, uma pequena localidade do distrito de Baucau, onde foram incendiadas outras tantas casas. Razões? Desconhecem-se. Mas, porque em Garawai não há refugiados nem movimentação de pessoas para ou da cidade, há quem alvitre que se trata de quezílias entre partidos. Preocupante!
Reconhecida agora a sua capacidade e chamada a Igreja Católica para mediar ou criar as condições para a reconciliação, o Bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, num convite à reflexão colectiva, coloca dúvidas que a reconciliação resolva alguma coisa. Afirma a propósito a ministra Ana Pessoa que “temos de acreditar em Deus e na autoridade”. Sendo certo que a autoridade não colhe nenhuma confiança, eis uma afirmação que embora bonita é pouco persuasiva, soa a falso. Para além de que peca por tardia a convicção e a crença no divino!
Entretanto e a propósito da manutenção da insegurança, da falta de respeito pelas autoridades que não vêem acatamento aos seus constantes apelos à paz e à reconciliação, um articulista defende hoje num diário que “chegou o tempo da geração mais nova avançar”. Porque, diz em Perspectiva o observador, “os políticos da geração mais velha fazem quase todos parte do problema que surgiu no país e não são a solução. Tudo isso fez com que o povo lhes perdesse o respeito, tornando-se deveras difícil escutá-los. Muitos fazem discursos imprudentes, sem medir nem pesar as consequências que poderão advir das suas palavras porque pensam que tudo o que dizem está certo e o povo engole tudo. Alguns são demagogos, prometem mundos e fundos mas não cumprem nada.”
Também em primeira página, embora apontando como razões que os veteranos, os mais velhos das FDTL devem ter o merecido “descanso e gozo da independência” defende um deputado que “chegou a hora da F-FDTL passar o testemunho à geração mais nova”. É que diz ele, “é altura de desenvolver umas forças armadas profissionais em vez de as filiar nos partidos políticos”.
Para além do descontentamento que transparece dos escritos destes dois semhores, fica-se com a impressão de que os mais velhos não souberam, efectivamente, manter o respeito da geração mais nova que deixou definitivamente de acreditar na sua competência e nas suas capacidades de liderança .
Não sei se terão falhado conscientemente, se terão perdido a noção de que eram apenas homens e não deuses; voaram demasiado alto! Talvez tenha havido insensibilidade e distracção. Provavelmente terão pecado por desconhecerem ou ter-se-ão esquecido do carácter do povo de que fazem parte. Quase de certeza pela falta de comunicação, por arrogância, por desconsideração, por um escusado e fatal distanciamento de um povo inteiro, das pequenas e importantes coisas da vida desse povo. E o resultado está à vista!
A violência continua. Todos dizem que querem paz, que estão cansados de insegurança mas, a verdade é que a continuação da violência vem provar que, afinal, não é bem assim. Andamos todos enganados. Ninguém sabe porquê mas desconfia-se que alguém comanda os executores de tanto vandalismo embora também ninguém compreenda o que se pretende com esta devastação que não pára e já se alastrou ao interior.
A fazer fé no que se ouve mas não foi noticiado, assim foi o caso de Garawai, uma pequena localidade do distrito de Baucau, onde foram incendiadas outras tantas casas. Razões? Desconhecem-se. Mas, porque em Garawai não há refugiados nem movimentação de pessoas para ou da cidade, há quem alvitre que se trata de quezílias entre partidos. Preocupante!
Reconhecida agora a sua capacidade e chamada a Igreja Católica para mediar ou criar as condições para a reconciliação, o Bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, num convite à reflexão colectiva, coloca dúvidas que a reconciliação resolva alguma coisa. Afirma a propósito a ministra Ana Pessoa que “temos de acreditar em Deus e na autoridade”. Sendo certo que a autoridade não colhe nenhuma confiança, eis uma afirmação que embora bonita é pouco persuasiva, soa a falso. Para além de que peca por tardia a convicção e a crença no divino!
Entretanto e a propósito da manutenção da insegurança, da falta de respeito pelas autoridades que não vêem acatamento aos seus constantes apelos à paz e à reconciliação, um articulista defende hoje num diário que “chegou o tempo da geração mais nova avançar”. Porque, diz em Perspectiva o observador, “os políticos da geração mais velha fazem quase todos parte do problema que surgiu no país e não são a solução. Tudo isso fez com que o povo lhes perdesse o respeito, tornando-se deveras difícil escutá-los. Muitos fazem discursos imprudentes, sem medir nem pesar as consequências que poderão advir das suas palavras porque pensam que tudo o que dizem está certo e o povo engole tudo. Alguns são demagogos, prometem mundos e fundos mas não cumprem nada.”
Também em primeira página, embora apontando como razões que os veteranos, os mais velhos das FDTL devem ter o merecido “descanso e gozo da independência” defende um deputado que “chegou a hora da F-FDTL passar o testemunho à geração mais nova”. É que diz ele, “é altura de desenvolver umas forças armadas profissionais em vez de as filiar nos partidos políticos”.
Para além do descontentamento que transparece dos escritos destes dois semhores, fica-se com a impressão de que os mais velhos não souberam, efectivamente, manter o respeito da geração mais nova que deixou definitivamente de acreditar na sua competência e nas suas capacidades de liderança .
Não sei se terão falhado conscientemente, se terão perdido a noção de que eram apenas homens e não deuses; voaram demasiado alto! Talvez tenha havido insensibilidade e distracção. Provavelmente terão pecado por desconhecerem ou ter-se-ão esquecido do carácter do povo de que fazem parte. Quase de certeza pela falta de comunicação, por arrogância, por desconsideração, por um escusado e fatal distanciamento de um povo inteiro, das pequenas e importantes coisas da vida desse povo. E o resultado está à vista!