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terça-feira, outubro 02, 2007 

Estou de volta!

Sexta-feira fui ao concerto da Sandra Pires, a timorense que saíu de Timor em 1975, viveu em Portugal e na Austrália, triunfou na Áustria e canta em português, inglês, alemão e tétum!
Numa tarde calma, de brisa leve e morna, as bancadas do Estádio Nacional encheram-se de jovens que escutavam atentamente, em silêncio, a cantora visivelmente “feliz por ter regressado às raízes.”
“Ela venceu na Europa!”, diziam repetidamente Hélder e Paula, os apresentadores.
No sábado, ao espectáculo de beneficência no Hotel Timor assistiu outro público, mais selecto. Depois do jantar com gastronomia timorense servido por empregados vestidos a rigor, cada um com o tais da sua terra de origem, na sala repleta muitos estrangeiros mas menos timorenses do que se esperava deixaram-se encantar pela voz de Sandra Pires.
Não estávamos muitos timorenses, mas nem por isso deixámos de a aplaudir ruidosa e vibrantemente, especialmente quando Sandra Pires nos presenteou com “Hau hakerek surat ida”, uma canção timorense igualmente cantada em várias ilhas do Pacífico-Indíco.
Fez-nos bem ao ego. É sempre compensador constatar que há timorenses vencedores, reconhecidos pelo seu talento, pelo seu valor profissional. Claro que gostaríamos que fossem mais, que não precisassem de sair do país para triunfar. Até ao dia em que assim for, fica a afirmação de um jovem no final do concerto do estádio “Ita mos bele!”, nós também somos capazes!

***

Há dias, alguém me chamou a atenção para alguns comentários num outro blogue sobre a minha colaboração neste blogue do jornal Público.
Não gosto de dar resposta ao que se escreve, especialmente quando não vejo a “cara” do meu interlocutor ou não reconheço o nome de quem está do outro lado. É sempre uma luta desigual.
Só que, desta vez não quero deixar sem resposta o/a comentador/a e por isso, peço licença ao jornal Público para, neste espaço, prestar o devido esclarecimento pelo respeito e consideração que me merecem o jornal e os leitores.
E é assim que vos digo que não aufiro nenhum vencimento nem isso faria qualquer sentido. Fui convidada para colaborar no blogue pelo José Vítor Malheiros, Director do Público Online, ainda a crise de 2006 ia no início.
Sinto particular orgulho por ter integrado os quadros do Público desde a data da sua fundação. Em Janeiro de 2002, e uma vez que regressava a Timor, deixei o jornal. Hoje, não sou funcionária do Público. E, como se calculará, seria impensável que não mantivesse com o jornal onde trabalhei durante 13 anos uma relação de profunda amizade o que passa, logicamente, pela minha disponibilidade para escrever sobre Timor.
Sempre que tenho disponibilidade, escrevo o melhor que sei. Sem qualquer veleidade de agradar a todos. Transmito o que vejo, o que oiço, o que sinto e como vivo Timor. É o meu olhar, obviamente. Mas faço-o com honestidade, verdade e respeito. E escreverei aqui enquanto puder e enquanto o Público quiser.

Pois eu espero que continue a escrever durante muito tempo. Sou médica e estive em Timor durante dois meses este anos; ler o que escreve é a melhor maneira de eu reviver os sensaçoes que me deixaram fã incondicional de uma terra e um povo moravilhosos. Obrigada, ainda bem que voltou!

Só quero exprimir a minha alegria pelo seu regresso.
É a melhor informação de Timor,a que tenho acesso.
Nunca me perguntei se lhe pagavam,ou não.
É qualquer coisa que,sinceramente,não me interessa.
Interessava-ma sim,se deixasse de escrever.
Um abraço.

ola Angela ....até que enfim voltou.....essas bocas de que a Angela e mais outra pessoa eram pagas para postar no bloog ,cá para o pessoal do signo de balança,não tem valor,e se fosse paga ????qual era o mal ??? até podia ser uma correspondente do publico por terras do fim do mundo hahahahha....espero que agora não faça uma pausa muito grande tá....O LUIS NA COSTA DA CAPARICA

Está de volta e ainda bem. Venho com frequência visitar os seus comentários e quero continuar a fazê-lo. Quanto aos eventuais pagamentos não vale a pena comentar. Mantenha-se firme e continue a dar noticias dessa terra que me atraía sem a conhecer e que mais me ficou a atrair depois das duas visitas que lhe fiz. Saí daí inesperadamente aquando dos conflitos de 2006 mas não por causa deles, houve outras forças que me fizeram sair. Até um dia e força.

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