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quarta-feira, outubro 03, 2007 

Dos atalhos da Justiça

A avaliar pelo verde-escuro da folhagem que lhe servia de fundo, Reinado não teve de descer da montanha para conceder a longa entrevista à RTTL na qual não foi apresentado como major. Voltou agora a ser capitão-tenente da Marinha e assim foi tratado pelo entrevistador mal começou a conversa.
Rodeado de homens bem armados, o ex-major-capitão-tenente Alfredo Reinado usou de tom agreste para dizer de sua justiça que não se apresentará a julgamento se os juízes forem da “Mafia” da CPLP. Para além de que, não tendo feito mal nenhum aos “malais”, não terá de ser julgado por eles. E, enquanto espera pelos juízes timorenses, o ex-major-capitão-tenente lá foi dizendo que apenas responderá pela troca de tiros de 23 de Maio ocorrido em Fatu-Ahi, incidente do qual resultou a morte de pelo menos um elemento das F-FDTL. Quanto aos incidentes de 24 e 25 de Maio de 2006 nos quais também houve mortes, haverá outros que não ele a terem de ser responsabilizados, sustentou.
Reinado também quer o “acantonamento” dos seus homens - não, não há confusão, não há FALINTIL sem FDTL e não estamos em 1999! - não para serem capturados, mas porque o ex-major-capitão-tenente preconiza o seu regresso às Forças Armadas. Como e quando? Vá lá saber-se!
Ainda a entrevista de Reinado estava a ser digerida e logo nos surge outra notícia: Railós fora detido pela UNPOL na madrugada de hoje juntamente com outros elementos pelo seu envolvimento directo no incidente de 24 de Maio de 2006 em Taci-Tolu. A família não gostou porque entende que Railós não fez nada que justificasse a detenção. E a família, essa, sim, desceu a Díli e foi ao Parlamento apresentar as suas reclamações.
Pelo meio, falaram o Presidente do Tribunal de Recurso e o Procurador-Geral da República: os tribunais limitam-se a aplicar a lei e a fazer Justiça, ficando a política com os políticos (disse o juiz Cláudio Ximenes) e a presença dos juízes-CPLP é legal, considerou Longuinhos Monteiro.
No Tribunal de Díli prossegue o julgamento dos elementos da F-FDTL que atiraram contra os indefesos agentes da PNTL a 25 de Maio do ano passado. Uma testemunha, agente da PNTL, declarou ter reconhecido o autor dos disparos num dos onze militares a serem julgados, enquanto outra – uma mulher-polícia - afiança que os tiros partiram dos grupo das F-FDTL. Só que não consegue identificar os autores.
Talvez pela sua complexidade, talvez também porque, os temas acima tratados de tão densos, são “demasiada areia para a minha camioneta” ou até pelo adiantado da hora, assim como quem não quer a coisa, soltou-se-me o pensamento, voou, saltitou e quedou-se na matéria do meu estudo de hoje: os fins das penas e a culpa.

E por aqui me fico!

Ola Angela!

Parabens pelas sagradas escrituras. Quem escreve assim manda sapiencia.Ainda eu era labarik e andava aos pontapes na bola com o Balito no campo aberto a frente da vossa casa, via-te passar toda atarefada e deligente.
Ha muintos, muintos anos.Tambem fui colega da sua sobrinha Belinha.

Um Abraco

Mau Dicl

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