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sexta-feira, abril 13, 2007 

Para onde vamos nós?

Há quem considere as eleições de segunda-feira passada um sucesso. A sê-lo, talvez só pela relativa tranquilidade em que decorreram. Porque, quanto ao resto, quer-me parecer que não será exagerado se a elas nos referirmos como sendo um autêntico fracasso.
São tantas as irregularidades, as falhas, as discrepâncias, as queixas e os protestos que surgem de todos os quadrantes que não há volta a dar-lhe: as eleições presidenciais, apesar da presença de muitos observadores internacionais, não deveram nada à transparência e não dignificam nenhum órgão de soberania, nem governantes, nem povo, nem líderes partidários, nem observadores. Ninguém.
Sabendo-se que as eleições de 2001 não primaram pela transparência, não seria de esperar que nos preparássemos para que as primeiras eleições a serem totalmente organizadas pelos timorenses fossem diferentes?
Se já se sabia que 2007 era ano de eleições, q
ual o motivo por que se guardou para a última hora a formação dos técnicos eleitorais, a constituição do CNE e do STAE e se preferiu manter o STAE sob a alçada do Governo?
Porque se teima em não se educar civicamente as pessoas? Porque se permite que continue a haver intimidação, ameaças e suborno?
Se já era difícil alguém acreditar em nós, como irá ser depois deste fracasso? Que irá acontecer na segunda volta das presidenciais e nas legislativas de 30 de Junho?
O povo não defraudou as expectativas: votou, mostrou maturidade. Mas, quem manda, uma vez mais, falhou redondamente. O problema é que quem manda está convencido de que sabe tudo, pode tudo, nunca se engana e nunca comete asneiras…

Sinceramente estou bastante receoso! Depois de 7 meses em Timor, onde voluntáriamente estive em 2001, regressei a Portugal, ainda com mais admiração pelo povo Timorense. Hoje sinto que a classe política não merece o povo que tem! O povo participa, dá sinais e apesar de todas as dificuldades, cumpre as suas obrigações de cidadania! Cumprissem os políticos com as suas obrigações e teríamos provavelmente um país com excelentes perspectivas de futuro!

Um abraço sentido!

Acabo de ler as noticias da Lusa e francamente !....Por favor ! Em Baucau, o número de votos são 5 vezes mais do que o número de eleitores ! P or Favor ! Onde é que está o sucesso das eleições!... Concordo consigo Angela e francamente não entendo como é que conseguem fazer tanta asneira! se calhar pensavam que os outros estão a dormir!...
Obrigada por estar de volta. Leio com gosto e isenção os seus comentearios.

Força!

Robiana

Verdadeiramente surpreendido! Ouvi,através da RTPi, os comissários de fiscalização das mesas dos votos que as eleições tinham decorrido com transparência.
Igualmente, assim foi, pela "boca" da Dra Ana Gomes uma especialista (ex-embaixadora de Portugal em Jacarta, durante o decorrente processo da autodeterminação) (!!!) de Timor-Leste, que bons dividendos facturou,para a sua carreira política, à conta do sacrificado povo de Timor.
Afinal segundo se lê na comunicação internacional a contagem de votos não correu pelo melhor.
Entretanto o povo continua a sofrer por via de irregularidades a todos os níveis, cujo estas são para atingir desejos ambicionais de certos políticos que se têm estado nas "tintas" para a miserável vida dos timorenses.
A vida política de Timor-Leste necessita de uma lufada de ar fresco e se os que "açambarcaram" o Poder depois da independência não conseguiram resolver (mesmo que fosse em parte,) os problemas sociais devem ser substituídos por outra gente.
Tempo de mudança!
Gosto de ler a sua prosa.
Abraço solidário

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