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sexta-feira, março 07, 2008 

Rubros de vergonha!

Há quase um mês que os timorenses se interrogam sobre quem, como, porque quiseram matar o Presidente que é reconhecidamente um homem de paz! Então, como, quem, porquê?
O que se conhece é pouco. O ambiente é de mistério. Denso, pesado. Cheio de sombras. Propício ao segredo, ao rumor, do que se ouve aqui e ali, em casa, na rua, na loja, no emprego, da janela do carro para outro carro, nas conversas de café..
Porque pouco ou nada se sabe, especula-se, diz-se e comenta-se. Muito, tudo. Mal ou bem, mas baixo, sempre baixo. Todavia não tão baixo que ninguém oiça. O vento nos ouvirá e o vento se encarregará de passar a palavra para outro canto, outra esquina, outro ouvidor atento e o acrescento de um ponto no conto ouvido…
Em cada canto, há um suspeito, um potencial mandante, um criminoso. Olha-se de soslaio: ummm…, aquela maneira de estar não engana: aquele tem aura de assassino! E o outro, e tantos outros… E as referências históricas se perdem, se esvaem, se ridicularizam…
Se a aura menos boa semeia a desconfiança que sobre estes e outros paira, já de Susar e de Salsinha ninguém tem dúvidas de que são o que são. Eles estiveram lá. Nos locais do crime. Um, já admitiu que revelará tudo, em tribunal! Mas, irá mesmo revelar? O outro ainda negoceia, quer mais uns dias! E quem tem poder, não pode nem deve, mas cede... Não se compreende em nome de quê, mas cede.
A população constrangida continua à espera enquanto se pergunta em surdina, quase mais com o olhar do que com a voz:
Então eles tentaram matar, fugiram, ameaçaram e ainda por cima um é recebido quase em festa, com sorrisos e abraços como se fosse herói ou campeão, enquanto o outro tem o despudor de impor condições para se entregar!
Podia ser anedota mas não é. Pelo que, sobre o que, nós, timorenses, ouvimos, vemos e toleramos, só me ocorre acrescentar:
Não fossem a nossa tez morena, tisnada, e todos nos descobririam rubros de vergonha!

Não tenha vergonha, o mundo ou um país não se fizeram num dia... mas seria bom para um país, sobretudo novo que se soubesse um dia toda a verdade mas isso, infelizmente, não creio que seja para já, com tantas frustrações,tantas violências, com tantos medos e tantas cumplicidades!

Cara amiga, não vale a pena corar. Timor, como país, teve a infelicidade de ter petróleo, á natural que haja muitos interessados em desestabilizar os órgãos democráticos eleitos. Começando pela Autrália!
Sirva-se do grito:"tal como resistimos, deveremos combater. Não passarão!"

Muito boa a iniciativa do vosso jornal em criar este blog. Infelizmente aqui no Brasil, as pessoas não têm o interesse de acompanhar aquilo que se passa em outras nações lusófonas.

Coloquei o link deste blog no meu.

Parabéns!

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