Criminosos à solta
O dia estava calmo, o movimento na Avenida Nicolau Lobato era o normal de um dia de trabalho mas, no arranjo dos passeios onde trabalham diariamente alguns homens, não havia ninguém; um popular esperava pacientemente a chegada de um táxi que o transportaria aos seus afazeres quando deu pela chegada de um homem de larga jaqueta negra, cara tapada, mãos caídas ao longo do corpo:
- Olha lá, sabes onde estão estes que trabalham aqui? - questionou o estranho ao popular quando este ia a entrar no táxi apontando para os ditos passeios.
Respondeu o popular que não vira ninguém, enquanto se metia no táxi. Mas, ainda o veículo não tinha arrancado e o popular e o taxista não devem ter ganho para o susto quando viram o homem da jaqueta negra levantar o braço. Nas mãos surgiu como que por artes mágicas uma faca com a qual desferiu, à queima-roupa, um golpe a um outro homem em tronco nu que entretanto se aproximara pelo mesmo passeio. O sangue jorrou, o homem esfaqueado correu para os lados do Palácio do Governo talvez procurando ajuda junto dos guardas e o homem da jaqueta desapareceu por detrás do “coilão” – colector a céu aberto - que dá para as traseiras do edifício do PNUD.
Aconteceu esta manhã, às 10H30. No centro da cidade de Díli.