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terça-feira, julho 03, 2007 

O presente e o futuro de Timor-Leste




Dizem-se no fim da Vida! E que Vida, Santo Deus!
São muitas as desventuras contadas por cada um dos dias das suas longas vidas, reconhecem estes dois “velhotes”.
Mas serão realmente vidas longas, ou será que as condições precárias das suas vidas pobres - de quem se contenta apenas em não dormir ao relento, em ter uma maçaroca de milho ou um pau de mandioca que lhe mate a fome ou a ter uma encardida peça de vestuário que lhe cubra a nudez - fazem deste dois seres humanos da ponta leste da ilha de Timor mais velhos do que são na realidade? Terão cinquenta anos?
Mas, não obstante as contrariedades e a falta de tudo quanto é fundamental para uma vida digna de qualquer ser humano, eles sorriem, olham em frente! Apesar de tudo…e mesmo sabendo que o leite e o mel não serão por eles experimentados… Esse tempo já não será o deles!
E destas crianças, das gentes do futuro de Timor-Leste. Serão os seus dias mais risonhos, mais luminosos? Haverá menos fome, menos pobreza, mais emprego? Haverá habitação, educação, emprego, justiça e saúde para todos? E a Paz, voltará?

"Timor é objecto de um obituário aguardado com grande expectativa" - Quitéria Barbuda in "O Fim de uma Palhaçada", Revista "Espírito", nº 24, 2006.

www.riapa.pt.to

Tantas perguntas, parcas respostas. Mas lembrá-las é fazer sacudir o mundo. Levar a mão à consciência dos que decidem...

Este comentário foi removido pelo autor.

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Com o resultado das eleições, parece que agora está tudo mais complicado para governar Timor: a Fretilin ganhou mas ficou muito aquém dos mais de 50% anteriores, o CNRT de Xanana não obteve os 80% com que sonhava, quem ganhou sem ganhar foi a ASDT/PSD que ficou bem colocada até porque o PD de “La Sama” teve menos votos e lugares do que previsto e há ainda mais três pequenos partidos que entram no Parlamento.

Enfim, nenhum partido ganhou, quem ganhou foi a Democracia num país que ainda está a crescer...

Agora interrogo-me também se será possível que haja para breve em Timor menos fome, menos pobreza e mais emprego? Que haja habitação, educação, emprego, justiça e saúde para todos? E também se a Paz se vai consolidar?”

Vivo há muito tempo na Bélgica, para onde fui nos finais dos anos 60 para escapar à sociedade abafante e colonial de Salazar mas, precisei de muitos anos para compreender a vida política belga que é, sem dúvida, muito complicada, num país que é pequeno mas rico, onde coabitam também várias línguas e apesar das crises, corrupções inevitáveis e mesmo alguns assassinatos funciona muito bem, graças aos consensos e sem dúvida também por ser já é uma velha democracia.
Timorenses não desesperem, é preciso dar tempo ao tempo!

Também aprendi muito com o processo revolucionário e democrático português, o que agora sem dúvida me ajuda a compreender melhor o que se passa em Timor, onde estive em 2000 para realizar uma reportagem para a televisão belga sobre a juventude e, desde então, ainda fiquei ainda mais ligado e para sempre ao povo, maravilhoso mas também algo misterioso, timorense.

Às vezes meto-me no que não me diz respeito mas, é o amor ao jornalismo e mantenho actualizada uma revista de imprensa lusófona, em particular sobre Timor e também alguns comentários deste vosso observador longínquo e que nem sempre é parcial (quem o é?) mas sincero, apaixonado e convicto, podem visitar-me no

http://sol.sapo.pt/blogs/EntreCais ou no
http://entrecais.blogspot.com

Com amizade
EntreCais/Fernando Cabrita Moreira

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