« Página inicial | O regresso dos professores portugueses » | Casa roubada, trancas à porta... » | O país do referendo de 30 de Agosto de 1999 » | Reconciliação, de novo » | E o resultado está à vista! » | Amor sem barreiras (Continuação) » | Amor sem barreiras » | Fronteiras » | Que Deus nos acuda! » | Vou vender o peixe pelo preço que comprei » 

segunda-feira, setembro 04, 2006 

Somos uma Nação independente!

Adivinhava-se há muito que havia descontentamento. Mas, confiantes que, depois de tantos anos de sofrimento, o povo iria manter-se passivo por não pretender mais violência e sofrimento, pouco ou nada se fez; ao invés, foi-se deixando passar o tempo interpretando erradamente o ditado que diz que o tempo é o melhor remédio…
E depois foi o que se viu. A violência instalou-se no país. Se alguém o desejava, conseguiu facilmente que demonstrássemos as nossas fraquezas. Sozinhos, não conseguimos nem deter a violência nem resolver os problemas; os três órgãos de soberania timorense – Presidente da República, Parlamento e Governo - viram-se obrigados a pedir a intervenção de países amigos antes que a situação se tornasse totalmente descontrolada.
Vieram, pois, destacados numa força de paz internacional de 3.200 soldados enviados pela Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para restabelecer a ordem e a estabilidade no país, objectivo ainda não alcançado.
Na semana passada, Alfredo Reinado e outros 56 reclusos saíram pela porta principal da cadeia de Becora.
E, de repente, percebeu-se: afinal, os timorenses ainda eram considerados capazes de guardar qualquer coisa! Mais, coube-lhes a guarda de Reinado!
É que, se para o Primeiro-Ministro Ramos Horta a segurança estava a cargo desde o dia 25 de Agosto das forças internacionais e da polícia das Nações Unidas, já para o MNE australiano, Alexander Downer, o acordo estipulava que os timorenses seriam os responsáveis pela segurança da prisão e a força internacional forneceria algum patrulhamento na vizinhança.
O mesmo dizia o comandante neo-zelandês ao
esclarecer que a segurança das prisões “é uma responsabilidade apenas do Ministério da Justiça de Timor-Leste”. O perigo vinha de fora, podia haver um ataque do exterior! Por isso, os neozelandeses fizeram-se diligentes guardadores das áreas limítrofes da cadeia de Becora durante um período apenas antes daquela tarde em que os 57 reclusos saíram em passeio pela porta principal, os quando os guardas timorenses se ocupavam dos jardins.
Ocupado com outras coisas, completamente a leste e confiante nos internacionais estava o ministro da Justiça, Domingos Sarmento, a quem os neozelandeses não informaram do abandono do local! Esquecimento, ignorância ou desrespeito? Quase se fica com a impressão de que eram os neozelandeses que mandavam …
Diz Alexander Downer que "os timorenses têm que aprender a resolver os seus problemas e não continuar à espera de que a comunidade internacional faça tudo por eles".
Acrescenta Downer que "os timorenses agora são uma nação independente e têm de ser responsáveis pelos seus assuntos internos",e que "a Austrália ou a Nova Zelândia, Portugal, a Malásia ou o secretário-geral da ONU não podem ser responsabilizados pelos problemas do Timor-Leste".
Já sabemos que temos problemas, que fomos nós que os arranjámos e que devemos resolvê-los; mas por que hão-de os nossos vizinhos australianos, que entraram aparentemente cheios de vontade de nos ajudar ao mesmo que se mostravam donos e senhores das forças internacionais, mostrar-se tão agastados quando são responsabilizados por falhas que também cometem?
Convém recordar que os australianos acompanharam o major Reinado na Pousada de Maubisse, escoltaram-no até Díli sem nunca se terem dado conta de que havia armas pelo meio; mas foi pela posse ilegal de armas que o detiveram numa das casas ocupadas a que também montavam guarda… Levaram-no para Becora e, depois, afastaram-se…Há aqui qualquer coisa que me escapa…
Mas, já que Downer não se escusa de focar a “ enorme generosidade” australiana para com os timorenses a quem continuarão a “fornecer apoio”, os timorenses – mais do que apreciar - precisavam de saber que preço vão pagar por tanta generosidade. Para começar, talvez fosse interessante saber com que linhas se coseram os acordos entre Timor-Leste e a Austrália.
Finalmente, é indispensável que, de uma vez por todas, consigamos resolver os nossos problemas, sem contar constantemente com os outros. Para podermos viver em paz. Para não termos de passar pela vergonha de nos mantermos calados perante as aleivosias de um governante estrangeiro de um país poderoso que, escudado no pedido de ajuda de um país reconhecidamente fraco, diz arrogantemente o que lhe apetece, passando-nos autênticos atestados de incompetência!
Com a continuação dos conflitos, cada dia que passa representa o aumento da nossa dependência em relação ao exterior. Até que um dia nem sequer em palavra silenciada restará a nação independente de Timor-Leste. Downer sabe-o bem! Nós é que teimamos em andar distraídos…

Visite este blogspot,apesar de escrever em Tetum,mas valeo apena para contrabalançar as opiniões dominante neste blogo do Público.
http://forum-haksesuk.blogspot.com/2006/09/harii-sistema-judicial-nebe.html

Baraço,
Viva democracia e Viva Timor Leste!

http://forum-haksesuk.blogspot.com/2006/09/harii-sistema-judicial-nebe.html

Harii Sistema Judicial Nebe Independente
Kilat iha Eis-PM Mari Alkatiri nia Uman*


Lian bot nebe maka Rai Timor LoroSae (Leste) hasoru maka oinsa maka Harii Sistema Judicial Nebe Independente (SJI). Waihira SJI hafoin bele fo garantia ba desenvolvimento ekonomika,politika i socio-kultural. Se SJI halis ba interesse grupos ekonomika i partiadarios nebe sai hanesan karta convite ba aumenta tan maka:Violência,exclusaun social no hamate progresso no desenvolvimentu ekonomika,politika,social i kultural. Violência nebe akontece iha Timor LoroSae (Leste) no hadait ona ba Distrito sira seluk hanesan Baucau ne hatudu katak atuasaun SJI nian ladun hatudu sira nia «Imparcialidade». Faktus nebe maka akontece iha Timor LoroSae hodi ita deskonfia konaba SJI, liliu independencia no kompetencia Ministeriu Publiku (MP) no Tribunal ninia serbisu. Hahu husi Tribunal Rekursus (TR) ninia parecer favoravel konaba II Kongreso Fretilin ne «Legitimo no Legal»,mandatu ba kaer Major Alfredo Reinado ho ninia elementus sira ho argumentus katak data ka loron nebe maka estabelece atu entrega kilat limite to´o loron (25/07),ikus mai Forças Australiano sira ba hetan fali kilat iha Eis-PM Mari Alkatiri nia uman iha fulan Agosto laran (STL i Lusa,01/08). Parcialidade Tribunal no MP ninia serbisu maka aumenta tan violência iha Dili no hadait ba to´o distrito sira ona. Konsekuencia saida tan maka Timor LoroSae hasoru waihira autores moral i material ba krise Politika Militar ne «Ilibido» katak sira la hetan sala tamba nebe maka envolve iha massakres no akontecimentus sira hanesan: Massakre Loron 28/04 no 25/05,Sunu mate emar moris iha uma laran,Harii EMA no Fahe kilat ba emar civil sira.Tuir akordo nebe maka Governo RDTL ho Australia halo maka oinsa maka estabelece data ka loron ba desarma no prende kilat iha Civil nia liman. Materializasaun husi akordo ne maka GNR ho Força Australia nian ba prende kilat no kaer Major Alfredo ho ninia elementus sira iha Loron 25/07 (Lusa,25/07). Liu fulan ida,Team Advogados Major Alfredo nian,halo deklarasaun katak “Detensaun Alfredo Reinado nian ne Ilegal (Lusa,20/08). No iha loron 30 fulan Agosto,Major Alfredo Reinado halai sai husi Kadeia Becora (Lusa,RDP i RTP,30/08). Liu loron ida Major Alfredo halo deklarasaun liu husi Video nebe âgencia Reuter iha acesso,deklara katak “la fiar konaba Tribunal Timor LoroSae, dehan tan katak pronto ba julga iha Tribunal Independente (Reuter,31/08). Iha ne kestiona maka akordo husi Governo RDTL ho Australia atu prende no kaer sira nebe maka iha Kilat,data ka loron limite maka 25/07,maibe lian bot maka ne Força Australiano sira foin hetan fali Kilat iha Eis-PM Mari Alkatiri nia uman iha fulan Agosto laran nebe liu tiha ona data ka loron nebe maka limite ba prende no kaer emar sira nebe maka iha kilat. Ita mos husu tansa maka team Advogados Major Alfredo Reinado nian akusa GNR prende Majors Alfredo Reinado ne ilegal. Base ba prende no kaer Major Alfredo Reinado ne maka akordo bilateral Governos RDTL ho Australia nian. Akordo bilateral ne konsidere hanesan akordo politiku tamba la iha «base legal», tamba akordo no tratado bilateral ruma waihira sai hanesan base legal kuando orgaun soberania sira hanesan Parlamento Nasional (PN) ratifika no Prezidente Republika (PR) promulga,hafoin bele aplika iha sistema judicial interna. Maibe autoridades sira bele argumenta katak Detensaun ne hodi estabelece ba ordem publika,maibe duvida maka ne,nusa maka Autoridades sira aplika «dois pesos e duas medidas» konaba prende kilat,data ka loron limite tuir akordos bilateral ne maka 25/07,neduni kaer Major Alfredo no prende kilat no kartus nebe hetan iha uma Major Alfredo nia uman ne. Maibe la komprende tansaida maka Autoridades sira la halo mos hanesan konaba Kilat nebe maka hetan Eis-PM Mari Alkatiri nia uman?Nusa maka foin foti kilat fulan Agosto laran no la prende eis-PM Mari Alkatiri?
Fila fali ba kaer Major Alfredo Reinado no elementus sira,waihira GNR ba kaer tamba hetan denuncia husi uma nebe maka Major Alfredo sira hela ba ne,ida ema Português ida nian. Ho akontecimentu ba Major Alfredo Reinado nian ne mosu tese oi-oin hanesan:
Ida (1); Detensaun Major Alfredo Reinado ne hanesan estrategia kontra ataka husi Eis-PM Mari Alkatiri kontra Xanana.
Rua (2);Iha tese seluk katak,detensaun ne hanesan koligasaun husi Servisu Secreto Portugal (SSP) ho grupos Mari Alkatiri (GMA) oinsa maka buka elimina grupos Majores (Reinado,Tara i Marcos),F-FDTL Petisaun sira,oposisaun politika sira no kritikus sira.
Tolu (3); tese ida tan katak Detensaun Major Alfredo ne hanesan estrategia husi Governo RDTL ho Australia nian konaba ba detensaun ba autores sira moral i material konaba massakres loron 28/04 i 25/05,EMA no fahe kilat ba emar civil,no sst. Kaer Major Alfredo hanesan loke odamatan ba kaer sira seluk,hare deit liu loron ida,Ministerio Publiku (MP) informa atu bolu Brigadeiro Taur Matan Ruak ba hatou ninia depoimentu konaba “Massakre iha loron 25/05 nebe provoka mate PNTL nain 10 no kanek nain 30(Lusa,26/07)”. Se kaer deit sira nebe maka responsavel iha akontecimentus hanesan:loron 28/04,25/05,sunu ema mate moris iha uma laran,fahe kilat no harii EMA, imagen saida maka Republika Timor LoroSae hatudu ba liur (mundo) no ba rai laran (Timor). Maibe liu fulan ida kaer Major Alfredo Reinado maibe Justisa no MP ladun hatudu sira nia kompetencia no imparcialidade,iha maka tendencia ba manipulasaun Sistema Judicial, Governo suspende deit funsaun ba Responsavel PNTL nian hanesan Paulo Martins,Ismael Babo no Lino Saldanha,maibe la hatene medidas sira maka PM no Ministro da Defesa foti konaba hirarquia F-FDTL nian nebe envolve iha krise Politika Militar ne.
Neduni iha biban badak oinsa maka maka Harii Sistema Justisa nebe Indepdendente!

*(1)Iha Akordo bilatera husi Governos RDTL ho Australia,hodi estabele data limite ba prende kilat no kaer autores sira maka loron 25/07,maibe tuir STL fo tatolin katak Força Australiano sira foin hasae kilat iha Eis-PM Mari Alkatiri nia uman iha fulan Agosto laran (STL i Lusa,01/08).
(2)Iha hakerek ne,sempre uja Majores Alfredo Reinado,Alves Tara no Marcos Tilman,tamba saida maka la hakerek sira Eis-Majores,tamba:seidauk iha ordem ida hodi hasae sira husi F-FDTL,nem tribunal civil ka militares ruma hola decisaun konaba ida ne.Neduni sei hakerek nafatin «Major»

Timor-Leste: Mari Alkatiri desmente apreensão de armas
em sua casa

Díli, 01 Set (Lusa) - O ex-primeiro-ministro timorense
Mari Alkatiri de smentiu hoje, em declarações à
agência Lusa, terem sido encontradas 13 armas em sua
casa, tal como é referido no diário timorense Suara
Timor Lorosae.

O jornal timorense noticia na sua edição de hoje que
as forças australi anas apreenderam recentemente em
casa de Mari Alkatiri 13 armas de fogo.

Contactado pela Lusa em Díli, explicou que em "finais
de Maio, início d e Junho", aquando da chegada do
primeiro contingente australiano a Timor-Leste, as
armas que tinha em casa pertencentes à sua segurança
pessoal "foram todas inv entariadas".

Alkatiri referiu que depois de ter deixado a chefia do
Governo, manteve uma "segurança pessoal mista composta
por agentes australianos e timorenses, qu e estavam
todos armados".

"Houve uma altura em que a segurança australiana disse
que não queria o s agentes timorenses armados e eles
guardaram as armas nos aposentos onde ficam, mas eu
liguei ao ministro do Interior para virem verificar e
exigi que fossem l evadas de minha casa", acrescentou.

Segundo Mari Alkatiri, "nunca levaram as armas" apesar
de ter insistido nesse sentido junto do Ministério do
Interior, pelo que pediu aos agentes austr alianos que
o fizessem.

"Eu telefonei várias vezes ao ministro e ao
vice-ministro do Interior p ara virem buscar as armas
e como não o fizeram eu pedi aos australianos para as
levarem", referiu.

"Em relação a mim, não vão encontrar nada", concluiu
Alkatiri, que se d emitiu da chefia do Governo em
Junho, na sequência de acusações de que teria ord
enado o armamento de grupos civis para eliminar os
seus adversários políticos, a legação que o levou a
ser ouvido pelo Ministério Público.

Contactado pela Lusa, o ministro do Interior, Alcino
Baris, confirmou q ue no início de Agosto, a equipa de
desarmamento composta por elementos da Austr ália
"retirou de casa de Mari Alkatiri 10 armas, entre as
quais cinco pistolas", tendo deixado aos seguranças do
antigo primeiro-ministro "um total de sete pist olas".

"Eu não tenho o relatório completo da actividade da
comissão de desarma mento, mas tenho esta informação
do oficial de ligação da Polícia Nacional de Ti
mor-Leste, Jorge Monteiro, que integra a comissão e me
explicou que depois de fe ita a inventariação das
armas existentes em casa do antigo primeiro-ministro,
a equipa de desarmamento retirou, no início de Agosto,
dez armas que pertenciam ao s agentes da segurança
pessoal", disse.

Alcino Baris acrescentou que a "inventariação das
armas existentes em c asa de Mari Alkatiri foi feita a
pedido do antigo primeiro-ministro".

JCS.

Lusa/Fim

Enviar um comentário