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sábado, agosto 05, 2006 

Um conto e um ponto mais...

Em menos de 24 horas, Christopher Hill, o subsecretário de Estado norte-americano para o Sudeste Asiático e Pacífico visitou Díli, falou com o PR e com o Governo e tirou as conclusões.
Ficámos a saber que os EUA acompanham com preocupação a situação e vão continuar a apoiar as autoridades timorenses na resolução da crise que é, no seu entendimento, um problema interno e não internacional. E como a resolução da crise "é claramente mais um trabalho de natureza policial do que de natureza militar", está aberto o caminho para a vinda de uma força policial em detrimento de "capacetes azuis" na futura missão da ONU.
As forças internacionais estão para ajudar e não para ficar, diz Christopher Hill que deixa o aviso de que Timor-Leste tem de trabalhar para criar um clima de segurança, resolver com urgência o problema dos refugiados que deverão abandonar os campos de acolhimento dentro de um mês ou dois, - porque não podem lá permanecer indefinidamente - convencê-los a voltar para suas casas e esperar que os moradores que permaneceram nesses bairros aceitem serenamente o seu regresso.
Não sei até que ponto se conseguirá resolver a questão a contento de todos e em tão curto espaço de tempo. Cada dia que passa, aumentam as provocações, os incidentes, os espancamentos, os apedrejamentos. Apesar das forças internacionais.
Em quase todas as zonas onde persistem os problemas, a maior parte das vezes não se vêem, mas estando por perto, deixam-se estar sentados, de braços cruzados, a observar a cena. Como aconteceu hoje de manhã, em Comoro quando, lá do alto dos tanques de guerra, os da força malaia assistiam impávidos os apedrejamentos entre os jovens do bairro situado do lado de cima da rua contra outros jovens refugiados no campo junto ao aeroporto.
Idêntica postura é a dos australianos. Aliás, a Austrália anunciou já o início da redução do número das suas tropas - mas, só o faz porque a situação da segurança no país está a evoluir favoravelmente -, o que vai de encontro às declarações do subsecretário de Estado norte-americano. Em clara e perfeita sintonia reconhece-se que a situação no terreno exige essencialmente operações da polícia.
De fora, ficam os “Bravos” da GNR. Actuam quando é preciso e têm fama de maus, mas impõem respeito.
Coincidência ou talvez não, há por aí entre a população umas histórias sobre a parcialidade da força portuguesa. Dizem então uns que “os da GNR nunca prendem ninguém de Lorosae, só os do Loromonu, coisa que não fazem os australianos que actuam de forma isenta”. Quando se pergunta “como é que eles, os da GNR, reconhecem uns e outros?”, a resposta vem rápida, “é que há três timorenses integrados na força”.
Quem conta a história fá-lo muito a medo e consciente de que “não viu, mas também já ouviu falar”, dando razão à velha questão do ponto aumentado ao conto e do segredo recontado, repetido, tudo em murmúrio muito sussurrado, contribuindo para a dimensão multiplicada do rumor.
Não sei porquê, fiquei desconfiada. Podendo também ser acusada de facciosismo, está a parecer-me que também há por aí quem esteja interessado em que a GNR não fique em Timor-Leste… E já agora, e ainda que mal pareEm menos de 24 horas, Christopher Hill, o subsecretário de Estado norte-americano para o Sudeste Asiático e Pacífico visitou Díli, falou com o PR e com o Governo e tirou as conclusões.
Ficámos a saber que os EUA acompanham com preocupação a situação e vão continuar a apoiar as autoridades timorenses na resolução da crise que é, no seu entendimento, um problema interno e não internacional. E como a resolução da crise "é claramente mais um trabalho de natureza policial do que de natureza militar", está aberto o caminho para a vinda de uma força policial em detrimento de "capacetes azuis" na futura missão da ONU.
As forças internacionais estão para ajudar e não para ficar, diz Christopher Hill que deixa o aviso de que Timor-Leste tem de trabalhar para criar um clima de segurança, resolver com urgência o problema dos refugiados que deverão abandonar os campos de acolhimento dentro de um mês ou dois, - porque não podem lá permanecer indefinidamente - convencê-los a voltar para suas casas e esperar que os moradores que permaneceram nesses bairros aceitem serenamente o seu regresso.
Não sei até que ponto se conseguirá resolver a questão a contento de todos e em tão curto espaço de tempo. Cada dia que passa, aumentam as provocações, os incidentes, os espancamentos, os apedrejamentos. Apesar das forças internacionais.
Em quase todas as zonas onde persistem os problemas, a maior parte das vezes não se vêem, mas estando por perto, deixam-se estar sentados, de braços cruzados, a observar a cena. Como aconteceu hoje de manhã, em Comoro quando, lá do alto dos tanques de guerra, os da força malaia assistiam impávidos os apedrejamentos entre os jovens do bairro situado do lado de cima da rua contra outros jovens refugiados no campo junto ao aeroporto.
Idêntica postura é a dos australianos. Aliás, a Austrália anunciou já o início da redução do número das suas tropas - mas, só o faz porque a situação da segurança no país está a evoluir favoravelmente -, o que vai de encontro às declarações do subsecretário de Estado norte-americano. Em clara e perfeita sintonia reconhece-se que a situação no terreno exige essencialmente operações da polícia.
De fora, ficam os “Bravos” da GNR. Actuam quando é preciso e têm fama de maus, mas impõem respeito.
Coincidência ou talvez não, há por aí entre a população umas histórias sobre a parcialidade da força portuguesa. Dizem então uns que “os da GNR nunca prendem ninguém de Lorosae, só os do Loromonu, coisa que não fazem os australianos que actuam de forma isenta”. Quando se pergunta “como é que eles, os da GNR, reconhecem uns e outros?”, a resposta vem rápida, “é que há três timorenses integrados na força”.
Quem conta a história fá-lo muito a medo e consciente de que “não viu, mas também já ouviu falar”, dando razão à velha questão do ponto aumentado ao conto e do segredo recontado, repetido, tudo em murmúrio muito sussurrado, contribuindo para a dimensão multiplicada do rumor.
Não sei porquê, fiquei desconfiada. Podendo também ser acusada de facciosismo, está a parecer-me que também há por aí quem esteja interessado em que a GNR não fique em Timor-Leste… E já agora, e ainda que mal pareça, fica a pergunta: a GNR é uma força policial, não é?

Sou suspeito para classificar a GNR em Tior, porque não estou lá para ver e porque sou português. Mas vi este vídeo da televisão da Nova Zelândia e gostei.

De facto,GNR esta porta muito mal.
Nos últimos acontecimentos em Dili, a actuação de GNR justifica a tese de alguns sectores da sociedade Timorense, que desconfiava a presença de GNR, com objectivo de defender o ex-PM Mari Alkatiri e os seus grupos.
GNR fou suspeito da morte de um individuo da origens da etnia Loromono,concretamente da região de Balibo,morto espancada depois detenção pela GNR e foi entrega aos grupos de Lorosae, foi espancada até morto!
Este que serviço da GNR.

Compreendo a sua posição nessa materia,as suas ideias e comentarios não consegue desvendar a sua posição em relação do contexto actual da crise politica em Timor Leste.
A imagem que a GNR transmite para uma parte dentro da sociedade Timorense,é, a presença do GNR para defender o interesse de Alkatiri (ex-PM) e os seus apoiantes. Parece me que assim,sou livre de expressar a minha opiniao.

Responder a sua pergunta que foi lançada,acho que a actuação do GNR parece me mais como uma Força do exercito do que propriamente dita,actuação policial!
Tenho dito.

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